quarta-feira, 17 de junho de 2009

O PAPEL DA APEOC

Companheiros (as),

o papel da APEOC e de sua representante-mor, Penha Alencar é realmente nefasto. Onde ela pode ir para "mandar" os professores voltarem p/ sala de aula, ela está indo: Rádio, imprensa, telefone da APEOC, fax p/ escolas, é uma mobilização nunca vista para parar as escolas. Estamos lutando contra 3 grandes inimigos: os governos, as direções traidoras e a desinformação dos nossos colegas. Sobre o desconto dos "R$100" por cada professor paralisado, é preciso esclarecer aos colegas que quem tem que pagar é o sindicato. Por isso que a Penha está desesperada. Continuemos mobilizando e procuremos participar da assembléia de quarta-feira (17) as 9h no Ginásio Aécio de Borba.
Saudações Com Lutas!

Lutadores/as

Hoje, dia 16, em Assembléia Extraordinária, com professores de Limoeiro e Quixeré, foi discutida uma pauta que tratou dos informes e discussão acerca da Liminar impetrada pela Apeoc, cuja cassação foi negada pelo desembargador, fato lamentável q se soma a mais um débito moral da Justiça burguesa, sentida com indignação e pezar pelos profs.presentes. A título de esclarecimento, foi tmb lido o texto escrito pelo Advogado Valdecy Alves " O DIREITO DE GREVE PARA O SERVIDOR PÚBLICO(...)" . E após longa discussão, foi reafirmada a Greve até a Assembléia estadual q, conforme o resultado, tmb tiraremos nossas deliberações e atividades.Para isso, foi calendarizada uma nova ASSEMBLÉIA REGIONAL PARA AMANHÃ, DIA 17/06 (qua), ÀS 14 H, NA EEM LAURO REBOUÇAS DE OLIVEIRA, de Limoeiro para a qual estendemos o convite a todos/as os companheiros/as das cidades de Quixeré (q tmb permanece), Flores (confirmado ontem ) e Tabuleiro do Norte (em reunião amnhã) para q juntos possamos dar encaminamento à nossa luta, q heroicamente resiste tmb em nossa região, a despeito de todos os inimigos q temos além do governo Cid.Avaliamos q só por isso, já somos vitoriosos politicamente. Mas, é preciso prosseguir de cabeça erguida rumo `a conquista das reivindicações q nos moveram. Assim, aguardamos a presença de cada um, como elo fundamental dessa unidade valiosa q consolidamos aqui no Vale.
Saudações de luta,

Zeuza Freitas (Com. dos profs. estaduais em greve/ Conlutas pela Base Educação - Limoeiro)

O DIREITO DE GREVE PARA O SERVIDOR PÚBLICO É SAGRADO, PODER JUDICIÁRIO E O MINISTÉRIO PÚBLICO NÃO PODEM ANIQUILAR O DIREITO DE GREVE DOS PROFESSORES D

Ultimamente e de forma equivocada, tanto o Ministério Público quanto o Poder Judiciário têm violado o Estado Democrático de Direito, quando agem contra greves de professores no serviço público. Esposam a absurda tese de que o direito do aluno à educação é maior que o direito do professor à greve e ao piso salarial (lembrando que salário garante o direito à vida). Como se um direito excluísse o outro direito ou como se um direito tivesse prevalência sobre o outro. É preciso lembrar que de acordo com o artigo 127, da Constituição Federal, o Ministério Público é o defensor da ordem jurídica e do regime democrático. Seu papel não é ir contra o trabalhador, atacar só a greve, que é só a febre de um mal social maior, que às vezes se prolonga por muito tempo, quando a Administração não negocia. Partem para cima dos servidores com todo gás e sequer abrem ação por improbidade contra a Administração que viola muitos princípios constitucionais. Se a greve causasse prejuízo ao patrimônio do administrador, sua reação em vez do descaso seria outra.Já o Poder Judiciário detém a função jurisdicional, que é aplicar o direito ao caso concreto, quando provocado através de uma ação. Mas tal mister obriga que o juiz(a) aja com sabedoria, integrando-se inteiramente aos objetivos da República, contidos no artigo 1° e incisos combinado com artigo 3° e incisos, da Constituição Federal. O Judiciário deve ser o guardião do estado democrático de direito, produzindo justiça social, efetivando os direitos fundamentais para todos.Diante de uma greve prolongada no serviço público, no caso na educação, tendo como exemplo a atual greve dos professores do Estado do Ceará, julgada ilegal pelo juiz da 2ª vara da Fazenda Pública, Dr. Francisco das Chagas Barreto, não deve o Judiciário simplesmente julgar se a greve é ou não ilegal. Deve perscrutar as causas da greve, avaliar a conduta da Administração, como está agindo o administrador(a), estudar as reivindicações das partes e, prioritariamente, SER MEDIADOR. O Judiciário não prega tanto a conciliação na mídia. POR QUE EM SE TRATANDO DE GREVE SUA AÇÃO VOLTA-SE APENAS CONTRA OS TRABALHADORES. SENDO A FAZENDA PÚBLICA UM DOS MAIORES ESTORVOS DA PRESTAÇAO JURISDICIONAL. Por que o Judiciário é tão tímido perante o Poder Executivo? Será que é porque dos 03 poderes é o irmão mais pobre, o complexado, aquele que não ainda adquiriu identidade própria na estrutura do Estado? Quando se fala do Judiciário, trata-se da Justiça Estadual, Justiça do Trabalho e Tribunais Superiores. Não há vergonha maior para Justiça que o não pagamento dos precatórios.A impressão que se tem é que nem o Ministério Público, nem o Poder Judiciário entenderam ainda qual é o seu papel dentro das atribuições impostas pela atual Constituição Federal. Esta é uma das causas dos 20 anos de violação à Lex Mater. Quando tanto um órgão como o Ministério Público quanto o Poder Judiciário colocam que o direito à educação prevalece sobre o direito do professor ao piso salarial e ao direito de greve, não apenas estão equivocados na tese, como totalmente dissociados da realidade sociológica. Presos a um positivismo dogmático inútil que só piora os conflitos.POIS NÃO HÁ UMA GREVE DE PROFESSORES, ALGUMAS DURARAM ATÉ 90 DIAS, QUE AS AULAS NÃO FORAM REPOSTAS E DEVIDAMENTE CUMPRIDO O CALENDÁRIO LETIVO MÍNIMO, IMPOSTO PELA LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO. A experiência mostra que os direitos convivem, podem e devem ser materializados ao mesmo tempo. Necessário que o Poder Judiciário e o Ministério Público acompanhem pelo menos a realidade, pois mais difícil é libertar-se do positivismo radical, que fundamentou até mesmo o Estado alemão nazista.Eis, resumidos em tópicos, alguns pontos sobre o direito de greve dos professores do setor público e as atitudes do Ministério Público e do Poder Judiciário:- O DIREITO DE GREVE PARA O SERVIDOR PÚBLICO ESTÁ CONTIDO COMO PRINCÍPIO NO ARTIGO 37, INCISO VII, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. DESDE 1988;- TAL DIREITO PREVÊ QUE PARA SER EXERCIDO NECESSITAVA APROVAÇÃO DE LEI ESPECÍFICA DISCIPLINANDO A MATÉRIA. O GOVERNO FEDERAL OMITINDO-SE DOLOSAMENTE NUNCA DISCIPLINOU O DIRITO DE GREVE PARA O SERVIÇO PÚBLICO;- COM BASE EM TAL OMISSÃO, MUITOS JUÍZES E PROMOTORES EQUIVOCADAMENTE INTERPRETANDO A CONSTITUIÇAO FEDERAL DE FORMA FRAGMENTADA, IGNORANDO A LEI MAIOR COMO UM TODO, CONSIDERARAM GREVES ILEGAIS POR FALTA DE DISCIPLINAMENTO. ISTO É: ENTENDIAM QUE A OMISSÃO DA REGULAMENTAÇÃO CASSAVA UM PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL;- FINALMENTE, APÓS VÁRIAS AÇÕES, ATRAVÉS DO JULGAMENTO DE UM MANDADO DE INJUNÇÃO, O STF DECIDIU QUE ENQUANTO A MATÉRIA NÃO FOR REGULAMENTADA POR LEI ESPECÍFICA, APLICA-SE AOS SERVIDORES PÚBLICOS A LEI DE GREVE DO SETOR PRIVADO. LEI N° 7783/89;- PARECIA QUE O DIREITO DE GREVE PODERIA SER EXERCIDO PLENAMENTE, POIS ATÉ QUANDO O SERVIÇO É ESSENCIAL, BASTA MANTER CERCA DE 30% DOS SERVIÇOS, E TUDO ESTARÁ LEGAL;- MAS PARTE DO MINISTÉRIO PÚBLICO E DO PODER JUDICIÁRIO, AGORA ESTÁ TENTANDO CONVENCER TODOS QUE O DIREITO À EDUCAÇÃO É MAIS IMPORTANTE QUE OS SERVIÇOS ESSENCIAIS, COMO DIREITO À SAÚDE E À SEGURANÇA, POR EXEMPLO. E ASSIM, ADOTANDO UMA TESE CONSERVADORA E RETRÓGRADA QUE O DIREITO À EDUCAÇÃO DO ALUNO É MAIS IMPORTANTE QUE O DIREITO DO PROFESSOR AO SALÁRIO, A UM PISO JUSTO E DIGNO, POIS SEGUNDO A CONSTITUIÇÃO FEDERAL SALÁRIO É VIDA, LIGADO UMBILICALMENTE À QUESTÃO DA DIGNIDADE HUMANA;- É UM ERRO COLOSSAL TAL ENTENDIMENTO DE QUE O DIREITO DO PROFESSOR PODE SER ANIQUILADO PELO DIREITO DO ALUNO. QUANDO AMBOS CONVIVEM E SE ACUMULAM. EM TODAS AS GREVES JÁ REALIZADAS NA EDUCAÇÃO AS AULAS FORAM REPOSTAS, NUNCA OS ALUNOS SOFRERAM PREJUÍZOS. OS PROFESSORES FIZERAM A GREVE, LUTARAM POR SEUS DIREITOS, OS ALUNOS TIVERAM AS AULAS REPOSTAS. LOGO TAL TESE ALÉM DE INCONSTITUCIONAL, INFELIZ, VERGONHOSA, ESTÁ DISSOCIADA DA REALIDADE SOCIOLÓGICA;- A CONSTITUIÇÃO FEDERAL IMPÕE QUE CABE AO MINISTÉRIO PÚBLICO SER O FISCAL DA LEI E AO PODER JUDICIÁRIO SER O GUARDIÃO DO ESTADO DEMOCRÁTICO. NÃO CASSADORES DE DIREITOS DA CLASSE TRABALHADORA EMBASADOS EM FALSAS TESES QUE TODO O EXERCÍCIO DE GREVE ATÉ O PRESENTE DESMENTE;A POSIÇÃO RETRÓGRADA DE ALGUNS MEMBROS DO MINISTÉRIO PÚBLICO E DO PODER JUDICIÁRIO FERE DIREITOS HUMANOS E TRATADOS INTERNACIONAIS. POIS SE UM PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DE NADA VALE E AINDA É VIOLADO POR QUEM DEVERIA PROTEGER SUA EFETIVAÇÃO, SÓ RESTARÁ AOS TRABALHADORES A DESOBEDIÊNCIA CIVIL E TOTAL DESCRENÇA EM ÓRGÃOS PÚBLICOS QUE DEVERIAM PROTEGER A EFETIVAÇÃO DE DIREITOS FUNDAMENTAIS DA CLASSE TRABALHADORA: COMO O DIREITO DE GREVE! ENQUANTO ISSO TODOS VIOLAM O DIREITO AO PISO SALARIAL DO PROFESSOR, QUE É GARANTIDO PELO ARTIGO 206, INCISO VIII DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL; FEREM O PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE QUANTO À APLICAÇÃO DAS VERBAS DO FUNDEB. VIOLAM A JORNADA DE TRABALHO DOS PROFESSORES; NEM O MINISTÉRIO PÚBLICO, NEM O PODER JUDICIÁRIO NADA FAZEM CONTRA OS ADMINISTRADORES PÚBLICOS, QUE TROÇAM DO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE E DA MORALIDADE. POR QUE SÓ INTERPRETAR A CONSTITUIÇÃO PARA PREJUDICAR OS DIREITOS DOS MAIS POBRES, DOS HUMILDES, DOS MAIS EXCLUÍDOS! Há juízes que fixam multa de até R$ 10.000,00 para sindicatos pagarem e multa de até R$ 100,00 para cada servidor pagar. QUANDO PREFEITOS SÃO OS VIOLADORES NUNCA FIXAM MULTA E QUANDO FIXAM, EM SUA MAIORIA, É IRRISÓRIA.PRECISAMOS DE UM MINISTÉRIO PÚBLICO E DE UM PODER JUDICIÁRIO, SALVO AS EXCEÇÕES, QUE REALMENTE INTERPRETEM A CONSTITUIÇÃO COMO UM TODO, LIBERTOS DE PRECONCEITOS E COM UMA VISÃO MAIS AVANÇADA QUANTO AOS DIREITOS HUMANOS E SOCIAIS. QUE PARTAM PARA CIMA DOS MAUS ADMINISTRADORES, VIOLADORES DO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO, COM A MESMA FORÇA QUE PARTEM PARA CIMA DA CLASSE TRABALHADORA. NÃO EVOLUIREMOS SE ÓRGÃOS FUNDAMENTAIS DA ESTRUTURA DO ESTADO NÃO EVOLUÍREM E PARA EVOLUÍREM HÁ DE EVOLUIR A CULTURA JURÍDICA DOS SEUS MEMBROS E A SENSIBILDIADE SOCIAL.
Valdecy Alves

segunda-feira, 15 de junho de 2009

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Perdoe-nos a contrariedade todos aqueles que ansiavam pela nossa retomada ao trabalho árduo de educar nesta segunda feira próxima, 15 de junho de 2009. Aos que já cantavam a nossa derrota, felicitavam o nosso retorno desmoralizante, vislumbrando-nos cachorrinhos fracassados, cambaleando com o “rabinho entre as pernas” rumo ao roer de ossos que lhes tem sido jogados ao chão, informamo-lhes que HUMILHAÇÃO tem limite. Até mesmo para aqueles com o amor próprio tão pequeno quanto o seu salário. Ao contrário do que pensavam, não sucumbimos mediante a primeira flecha venenosa lançada. Estamos de pé (feridos ou não), decididos a continuar lutando. É questão de HONRA e DIGNIDADE! Por mais que as ignorem, ainda as temos pulsando e gritando cá dentro de nós, impulsionando-nos para o embate e a suportar a dor. Aos que lamentam a nossa real situação de trabalho, reconhecem a nobreza da nossa batalha e se solidarizam (direta ou indiretamente) com a causa, mas que mesmo assim, desejam o quanto antes que reassumamos os nosso serviços, pedimo-lhes paciência e um pouco mais de compreensão. Não obtivemos nenhuma conquista, portanto, não recuaremos agora, mesmo com as ameaças descabidas do Governo.
Informamos a toda a sociedade que o nosso movimento, ironicamente, foi sim decretado ilegal pelo Juiz Titular da 2ª Vara da Fazenda Pública, FRANCISCO CHAGAS BARRETO ALVES, alegando-se que “não poderiam os alunos prejudicados com a greve aguardar a decisão meritória da Ação Principal, sem que houvesse dano irreparável ao ano letivo que ora cursam, já que as recuperações de aulas neste sentido são na maioria das vezes feitas em processo de total açodamento (pressa)”, sendo a greve, portanto, considerada abusiva. Detalhe, este Juiz não poderia julgar o caso, uma vez que não é da sua competência e sim da do Tribunal de Justiça! Dado que é um Juiz e tem pleno conhecimento da sua área de jurisdição, o mesmo sabia disto. Por que será, então, que ele julgou ilegal a greve?! Não é difícil encontrarmos a resposta, certo?! Porém, o que nos parece ILEGAL mesmo é o DESCUPRIMENTO DE UMA LEI FEDERAL, ou seja, negar-se o governo a implantar a LEI DO PISO, o qual por direito já deveríamos está usufruindo. Mais risório do que isto foi a multa determinada pela “Justiça”, caso não suspendêssemos a greve: R$100,00 (cem reais) para cada professor por dia não trabalhado! Os cálculos para tal multa devem ter sido feitos em cima do salário (TETO e não piso) dos juízes e dos governadores e não baseados nos nossos. Supomos que esta multa ilusória seja uma tática de intimidação, visto que com o nosso mísero salário, não conseguiríamos pagar mais do que 12 ou 15 dias de multa, bem sabe disto o próprio Governador que insiste em não pagar dignamente pelo nosso valioso serviço prestado a sociedade. Quanto a multa de R$10.000,00 (dez mil reais) destinada ao sindicato APEOC, parece-nos menos incoerente, dada a sua arrecadação mensal e quase nenhuma aplicação decente. Já que a base (professores) da mesma não tremeu, quem sabe o medo de perder diariamente este montante não lhe sirva de incentivo para cumprir minimamante com o seu dever de defender os direitos da nossa categoria, agilizando ao menos seu setor jurídico para contestar competentemente a invalidade da ação contra nós movida. Ressaltamos ainda que todas as medidas jurídicas exigidas pela Lei de Greve foram atendidas, segundo o próprio sindicato. E que a Educação não é reconhecida por lei como um serviço público essencial, não sendo, portanto, obrigatório que pelo menos 30% da categoria esteja prestando serviço a população. O que nos livra de outras acusações pretendidas.
Gostaríamos de esclarecer a todos que o que exigimos é o que já é nosso por direito conquistado, a saber, bem menos do que nós educadores merecemos. Que todas as nossas reivindicações são indispensáveis para um melhoramento mínimo, porém real, no processo de ensino-aprendizagem. Que o que tem sido abusivo é o descaso e indiferença dos nossos governantes no seu trato com a educação, a que tanto lhe serve para os falsos discursos nas campanhas eleitorais. Que o que não é legal é a falta de respeito e a desonestidade destes para com os profissionais responsáveis pela educação de um povo e, consequentemente, pelo seu crescimento. Isto sim é o que causará danos irreparáveis, não só a alunos, mas a sociedade em geral. Que o que nos causa prejuízo não é a luta pelos nossos direitos, mas a má administração dos recursos públicos por parte de nossos representantes, que mais desviam e roubam em prol de si mesmos do que aplicam ao que são destinados realmente.
Estejam cientes de que nós também desejamos retornar o mais breve possível. Para tanto, faz-se necessário que o governo honre os seus compromissos, entenda que não necessitamos de promessas, mas de ações dignas e efetivas, que pare de jogar a população contra nós com o velho discurso de alunos prejudicados e com ameaças traiçoeiras de nos retirar o que mais nos pesa, por garantir o pão de cada dia, enfim, que ele deixe de fugir e se omitir e atenda as reivindicações justas da nossa categoria, que não são apenas para um aumento salarial como propagam. Caso contrário, teremos que continuar incomodando com a paralisação das aulas. Comprometendo-nos, no entanto, a recuperar todas as aulas devidas, da mesma forma que recuperaríamos (sem açodamento) as aulas suspendidas por causa das enchentes, as quais nem tiraram as noites de sono do Governo pelos supostos prejuízos causados aos alunos, exceto pelos gastos monetários não previstos que viriam a desfalcar os investimentos para as próximas eleições. Desfalque provavelmente compensável, visto que as enchentes serviram-lhe para fazer de conta que a greve não estava acontecendo, livrando-o assim de prestar contas com a sociedade.
Concluindo, permanecemos em greve até sermos ouvidos e respeitosamente atendidos, tentando sermos mais resistentes do que precisamos. Esperando contar sempre com o importante apoio da sociedade e que tenhamos as nossas reivindicações atendidas o mais breve possível. Afinal, o que desejamos não é nada impossível, nem tão pouco descabido, tal qual a multa que nos foi decretada. Queremos apenas melhorar o que já deveria ser melhor do que o agora exigido. Estamos cansados de enganação e de educação de faz de conta!
Claudênia Márcia
14 de junho de 2009

NOTA DE ACOMODAMENTO E CONVITE À LUTA!

Professores em greve, da rede estadual dos municípios de Limoeiro do Norte, Morada Nova, Quixeré, Russas e Tabuleiro do Norte comunicam, indignadamente, aos demais colegas acomodados que ontem, quinta feira, 04 de junho de 2009, realizou-se um ato público na quarta cidade acima citada, a fim de, protestar os direitos negados a esta classe, sensibilizar a população, fazer o movimento ser notado pelo Poder Opressor e pressionar os governantes. E que graças ao sedentarismo e inércia da grande maioria dos colegas ausentes, deslocou-se de Limoeiro um ônibus quase vazio. Podendo, portanto, cada um dos 12 (doze) ocupantes dispor de 04 (quatro) poltronas destinadas aos possíveis 50 passageiros. Uma para sentarem-se, e as demais para colocarem, respectivamente, a decepção, repulsa, vergonha e desânimo, que de tão grandes já não cabiam mais dentro de si. As outras duas restantes desta divisão foram fornecidas ao motorista, uma para ele depositar a sua admiração deste tamanho disparate e a outra para que pousasse o seu olhar crítico e ao mesmo tempo apiedado, podendo assim, desviá-lo dos burros de cargas ali presentes. Agradecem sinceramente a todos aqueles que mesmo não indo ao ato contribuíram economicamente, porém, alertam desde já que num protesto de rua, as notas sozinhas não promovem intimidação. Informam ainda que, mesmo com a repulsiva ausência dos indispostos, seguiram em caminhada, da praça até a CREDE, os dispostos “gatos pingados” presentes, os de sempre menos alguns. E que em parte conseguiu-se o desejado. Protestou-se. A sociedade sensibilizou-se, talvez mais com os poucos pulsos avistados do que com a nobreza da causa defendida. Possivelmente as faixas e os poucos que restaram além dos seus seguradores tenham saltado aos olhares indiferentes do Poder, quando estes buscavam zombeteiramente a tão propagada “legião” dos educadores grevistas. E o mais notório, conseguiu-se, erroneamente, mais uma vez, “pressionar” o Diretor da CREDE a empunhar prazerosamente o microfone para dar o seu showzinho medíocre, com as suas charlatices e hipócritas argumentações, que mais defendem o Governo que lhe compra com cargos irrisórios, do que tentam explicar o inexplicável.
Inquietemo-nos! Até quando a nossa classe vai se prestar a esta ridícula subcondição?! Intimamos aqui aos que dormem tranquilamente para acordarem e reagirem EFETIVAMENTE às “tapas na cara”, a largarem o aconchego de seus pijamas e vestirem a camisa da luta que é nossa, não apenas de alguns, que se desprendam da comodidade de suas casas, que larguem com as desculpas para desengargo de consciência e saiam ao sol para defender os seus direitos e cumprirem os seus deveres, da mesma forma que fazem quando necessitam sair para ministrarem as suas aulas mal remuneradas. Precisamos da força e disposição de todos, que cada um colabore com a sua presença e habilidades de que dispõem, menos com a sua omissão e/ou clausura. Convidamos, incessantemente, aos acomodados, que se incomodem, aos que temem, que se encorajem, ao que ignoram, que conheçam, aos que se escondem, que apareçam, aos que fogem, que se honrem, aos principiantes, que aprendam e aos experientes que continuem sendo exemplos e ensinando. Enfim, conclamamos a todos nós professores que choramos as mesmas dores, que batalhemos unidos, fortes e conscientes! Se almejamos o sucesso, não esperemos, busquemos. Se sabemos tão bem desfrutar da melhoria alcançada, que também aprendamos a sofrer pela sua conquista.


Claudênia Márcia
04/06/2009

FÁBULA

Bichinho quer comida?! Têm que pinotar. Macaquinho quer banana?! Tem que macacar!

No zoológico do descaso sobreviviam vários bichos desassistidos. Cansados de tanta indiferença e arrogância sofridas, eles resolveram reivindicar por seus direitos, começando por uma alimentação digna e suficiente. Problemas! Dentre espertos, alienados, astutos, indolentes, medrosos, destemidos, desacreditados e guerreiros, nem todos tinham consciência de classe e coragem para lutar, mesmo sentindo as dores dos desmandos sofridos e julgando-se dignos das melhorias.
Numa assembléia geral, Dona Tartaruga logo falou:
- Eu não tenho pique para essas coisas, lutem vocês que eu fico aqui a esperar. Mas, contem comigo! O Bicho-Preguiça muito indisposto, se retorcendo, resmungou:
- Não entendo muito dessas coisas..., isso vai dá é confusão!Se for piorar a situação, é melhor do jeito que está.
- É uma luta justa, muito justa, mas eu tenho medo, tenho medo! E se eu for expulso daqui, expulso daqui? Não posso ir, não posso lutar, não posso! Eles sempre dizem que eu devo calar, devo calar, é devo CALAARR! Tagarelou o Sr. Papagaio Temporário do Medo.
- Nós não conseguiremos nada com isso! Será esforço em vão! Gritou o jovem Tatu de dentro da sua toca. Macaquinho, muito esperto, logo pensou: “vou falar como um animal bravo e destemido agora, na hora que o bicho pegar, eu me escondo atrás do Rei da Floresta, assim, serei aclamado e não darei meu rabo ao corte”.
Porém, os demais bichos do zoológico não se deixaram desanimar com estas e outras falas desestimulantes, pelo contrário, argumentaram contra e conquistaram mais guerreiros. E, decididos, enfrentaram os percalços da luta, contando inicialmente até com a suposta ajuda das cobras. Mesmo cientes da futura rasteira traiçoeira destas. Precisavam contar com todo apoio disponível. Em meio ao árduo combate, não raro, sentiam-se desfortalecidos e abatidos pelas incompreensões e opressões do mundo animal ao qual pertenciam. No decorrer dos desafios, tiveram que suportar hipocrisia de animaizinhos inertes e charlatões e assistirem ao falso brilhantismo dos demagogos. Mas foram fortes! Resistiram!
Obtiveram algumas conquistas, das quais, a Dona Tartaruga, o Bicho-Preguiça, o Sr. Papagaio Temporário do Medo, o jovem Tatu, o Macaquinho e as Cobras, indignamente, foram beneficiados. Macaquinho ganhou mais bananas, não do tamanho que merecia. As cobras vangloriaram-se, creditando o suado sucesso aos seus falsos esforços. Os demais, insensatos, ainda acharam insuficientes os ganhos adquiridos. Com o que concordaram os verdadeiros lutadores, os de patas de aço, os de garras e dentes afiados, os de rabos fortes, os de pés firmes e asas resistentes. Estes lhes disseram que a classe merecia sim, mais benefícios, ganhos tão grandes quanto a comodidade, o medo, a indolência, a omissão e a hipocrisia dos que reclamam e nunca LUTAM!

MORAIS: Cada um dá o que tem; Quem quer faz mais do que quem pode; Cobra que não anda não apanha sapo. Para bom entendedor esta fábula basta.

Claudênia Márcia
03 de junho de 2009



segunda-feira, 8 de junho de 2009

CAMPANHA DE UTILIDADE PÚBLICA


TROQUE UM PARLAMENTAR POR 344 PROFESSORES
Prezado amigo! Sou professor de Física, de ensino médio de uma escola pública em uma cidade do interior da Bahia e gostaria de expor a você o meu salário bruto mensal: R$650,00

Eu fico com vergonha até de dizer, mas meu salário é R$650,00. Isso mesmo! E olha que eu ganho mais que outros colegas de profissão que não possuem um curso superior como eu e recebem minguados R$440,00. Será que alguém acha que, com um salário assim, a rede de ensino poderá contar com professores competentes e dispostos a ensinar?

Não querendo generalizar, pois ainda existem bons professores lecionando, atualmente a regra é essa: O professor faz de conta que dá aula, o aluno faz de conta que aprende, o Governo faz de conta que paga e a escola aprova o aluno mal preparado. Incrível, mas é a pura verdade! Sinceramente, eu leciono porque sou um idealista e atualmente vejo a profissão como um trabalho social. Mas nessa semana, o soco que tomei na boca do estomago do meu idealismo foi duro! Descobri que um parlamentar brasileiro custa para o país R$10,2 milhões por ano. São os parlamentares mais caros do mundo. O minuto trabalhado aqui custa ao contribuinte R$11.545.
Na Itália, são gastos com parlamentares R$3,9 milhões, na França, pouco mais de R$2,8 milhões, na Espanha, cada parlamentar custa por ano R$850 mil e na vizinha, Argentina, R$1,3 milhões. Trocando em miúdos, um parlamentar custa ao país, por baixo, 688 professores com curso superior !
Diante dos fatos, gostaria muito, amigo, que você divulgasse minha campanha, na qual o lema será:"TROQUE UM PARLAMENTAR POR 344 PROFESSORES".
COMO VOCE VAI VOTAR DEPOIS DE LER ESTA MATÉRIA??
REPASSEM, EU JÁ ADERI À CAMPANHA!
Obrigado !!