segunda-feira, 15 de junho de 2009

NOTA DE ACOMODAMENTO E CONVITE À LUTA!

Professores em greve, da rede estadual dos municípios de Limoeiro do Norte, Morada Nova, Quixeré, Russas e Tabuleiro do Norte comunicam, indignadamente, aos demais colegas acomodados que ontem, quinta feira, 04 de junho de 2009, realizou-se um ato público na quarta cidade acima citada, a fim de, protestar os direitos negados a esta classe, sensibilizar a população, fazer o movimento ser notado pelo Poder Opressor e pressionar os governantes. E que graças ao sedentarismo e inércia da grande maioria dos colegas ausentes, deslocou-se de Limoeiro um ônibus quase vazio. Podendo, portanto, cada um dos 12 (doze) ocupantes dispor de 04 (quatro) poltronas destinadas aos possíveis 50 passageiros. Uma para sentarem-se, e as demais para colocarem, respectivamente, a decepção, repulsa, vergonha e desânimo, que de tão grandes já não cabiam mais dentro de si. As outras duas restantes desta divisão foram fornecidas ao motorista, uma para ele depositar a sua admiração deste tamanho disparate e a outra para que pousasse o seu olhar crítico e ao mesmo tempo apiedado, podendo assim, desviá-lo dos burros de cargas ali presentes. Agradecem sinceramente a todos aqueles que mesmo não indo ao ato contribuíram economicamente, porém, alertam desde já que num protesto de rua, as notas sozinhas não promovem intimidação. Informam ainda que, mesmo com a repulsiva ausência dos indispostos, seguiram em caminhada, da praça até a CREDE, os dispostos “gatos pingados” presentes, os de sempre menos alguns. E que em parte conseguiu-se o desejado. Protestou-se. A sociedade sensibilizou-se, talvez mais com os poucos pulsos avistados do que com a nobreza da causa defendida. Possivelmente as faixas e os poucos que restaram além dos seus seguradores tenham saltado aos olhares indiferentes do Poder, quando estes buscavam zombeteiramente a tão propagada “legião” dos educadores grevistas. E o mais notório, conseguiu-se, erroneamente, mais uma vez, “pressionar” o Diretor da CREDE a empunhar prazerosamente o microfone para dar o seu showzinho medíocre, com as suas charlatices e hipócritas argumentações, que mais defendem o Governo que lhe compra com cargos irrisórios, do que tentam explicar o inexplicável.
Inquietemo-nos! Até quando a nossa classe vai se prestar a esta ridícula subcondição?! Intimamos aqui aos que dormem tranquilamente para acordarem e reagirem EFETIVAMENTE às “tapas na cara”, a largarem o aconchego de seus pijamas e vestirem a camisa da luta que é nossa, não apenas de alguns, que se desprendam da comodidade de suas casas, que larguem com as desculpas para desengargo de consciência e saiam ao sol para defender os seus direitos e cumprirem os seus deveres, da mesma forma que fazem quando necessitam sair para ministrarem as suas aulas mal remuneradas. Precisamos da força e disposição de todos, que cada um colabore com a sua presença e habilidades de que dispõem, menos com a sua omissão e/ou clausura. Convidamos, incessantemente, aos acomodados, que se incomodem, aos que temem, que se encorajem, ao que ignoram, que conheçam, aos que se escondem, que apareçam, aos que fogem, que se honrem, aos principiantes, que aprendam e aos experientes que continuem sendo exemplos e ensinando. Enfim, conclamamos a todos nós professores que choramos as mesmas dores, que batalhemos unidos, fortes e conscientes! Se almejamos o sucesso, não esperemos, busquemos. Se sabemos tão bem desfrutar da melhoria alcançada, que também aprendamos a sofrer pela sua conquista.


Claudênia Márcia
04/06/2009

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